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A polêmica LETRA CURSIVA

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A letra cursiva é o tema deste artigo, mas antes de escrevê-lo, tive que planejar muito bem o texto, pois o assunto é polêmico e há muito mais o que se falar do que caberia em um simples artigo de blog.

Esse tipo de letra foi, aos poucos, sendo cada vez menos usado nas escolas. Com o estudo das hipóteses de escrita, os alunos passaram a escrever mais com a chamada “letra bastão” ou “letra de forma maiúscula”, mas não se pensou, na época, em quais seriam as consequências de tanta dedicação à sondagens de escrita e a analisar o pensamento de ESCRITA do aluno.

Já tinha falado em outro artigo sobre a sondagem de leitura, que não é mencionada nas escolas, de um modo geral e hoje é a vez da letra cursiva, que há algum tempo atrás figurava como vilã nas classes de alfabetização. Sempre ouvi que não deveria trabalhar com cursiva, mas sempre o fiz, em classes de primeiro ano, desde o início do ano letivo.

A instrução era que os alunos só poderiam ter contato com a letra cursiva após a turma inteira estar alfabetizada e a justificativa era que poderia “atrapalhar” a alfabetização, deixar o aluno confuso.

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Hoje, não me arrependo de ter ido contra o sistema e sempre tive sucesso com meus alunos, com turmas inteiras alfabetizadas em pouco tempo. A cursiva nunca me atrapalhou. Na verdade, sempre notei que ela ajudava – e muito.

Com os estudos que faço hoje, sei bem o motivo. É comprovado que a letra cursiva desenvolve o reconhecimento de letras de uma forma diferente e mais aprofundada, dá ao aluno a possibilidade de criar uma identidade em sua escrita e, o mais importante, consegue desenvolver a leitura e a escrita de uma forma muito mais eficaz, trabalhando, inclusive, com a interpretação de textos, indiretamente. As áreas ativadas no cérebro pela escrita da letra cursiva provocam uma especialização funcional da aquisição de leitura e escrita. Ela é a única forma de escrever que consegue trabalhar ao mesmo tempo leitura e escrita, pois tem algo que a letra bastão não possui: união das letras. Aliás, um dos motivos para termos tantos alunos com problemas de interpretação de textos é que a alfabetização com letra bastão faz, em nosso cérebro, um processo involuntário de desmembramento da leitura, o que ocasiona problemas de interpretação bastante graves.

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O traçado então, nem dá para contar tudo o que ele proporciona de benefícios. Foi feito um estudo, na Universidade de Indiana (EUA) muito interessante sobre o assunto do traçado. Dois grupos de crianças de cinco anos foram montados, todos com crianças que tinham conhecimentos parecidos sobre leitura e escrita.

O grupo que utilizou treinos de letra cursiva tinha uma atividade neural da área de leitura ativada. Essa mesma área não é ativada em atividades de digitação ou escolha de letras em um teclado, seja de tablet ou smartphone. Note que em um teclado as letras também aparecem separadas. A grande “sacada” da letra cursiva, como já expliquei, é a união. A letra cursiva ativa ainda os dois hemisférios do cérebro, o que é um super ganho para o aluno.

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A relação entre a pressão do toque do lápis ao escrever a letra cursiva, os movimentos feitos pela mão e a função cerebral são capazes de treinar nosso cérebro para integrar informação visual e tátil, juntamente com a destreza de coordenação que só a letra cursiva promove.

Fiz no slideshare uma apresentação, na qual exponho o que aconteceria se a letra cursiva fosse extinta, sobre os “contras” mencionados pela comunidade escolar e também um pouco mais sobre os benefícios, tudo bem estruturado e didático para que comecemos a dar maior atenção à ela. Espero que possa lhe auxiliar em sua formação pedagógica e também ampliar seus horizontes sobre a fase de alfabetização.

Na loja, tenho uns poucos materiais que podem ajudar, embora não sejam muitos. Veja primeiro os links dos materiais a seguir e depois, assista à apresentação!

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Treinando cursiva – letras do alfabeto:

Link: http://www.janainaspolidorio.com/treinando-cursiva-letras-do-alfabeto.html

 

 

 

treinando cursiva coisinhas

 

 

Treinando cursiva – e outras coisinhas mais:

Link: http://www.janainaspolidorio.com/treinando-cursiva-e-outras-coisinhas-mais.html

 

 

 

Veja a seguir a apresentação do SLIDESHARE sobre LETRA CURSIVA:

 

 

 

 

 

12 respostas

    1. Olá, Jaqueline

      O artigo que escrevi não tem referências diretas, com exceção da citação que faço ao trabalho de pesquisa da Universidade de Indiana.

      Meus estudos de letra cursiva em relação ao cérebro começaram em 2007, juntamente com o de Educação Personalizada. Leio, contudo, com frequência, artigos sobre o assunto. Todos são de autores estrangeiros, já que nunca encontrei referências de qualidade em nosso país.
      Os textos de Samuel Blumenfeld são excelentes e acredito que sejam bem aprofundados e estruturados. Além dele, artigos da “Memory Medic”, relacionados ao site “Psychology Today” são bem legais no que diz respeito à parte neurológica atingida pelo trabalho com a letra cursiva.
      Quanto à estudos, na Universidade de Indiana eles são bem interessantes, pois chegam a utilizar máquinas como scanners cerebrais para estudar os benefícios da letra cursiva na aprendizagem. Muito completo o material!
      Espero ter auxiliado quanto à referências que uso para estudar! Como expliquei, o artigo foi escrito sem referência direta, ou seja, escrevi o que sabia de estudos anteriores e de experiências e pesquisas próprias em salas de aula, sendo o texto do artigo de minha autoria.

      Qualquer dúvida, me avise!
      Até mais,
      Janaina Spolidorio

  1. Olá, Janaína Spolidorio! Eu acompanhava o blog antigo e estou sempre na Loja Virtual (compro até demais, rsrs). Hoje resolvi acompanhar o blog novo (estava acompanhando apenas as postagens no blog antigo por email). Amei essa postagem sobre letra cursiva. Admito que era uma das pessoas contra, visto que trabalho com crianças autistas e a maioria delas possui dificuldade motora e, portanto, dificilmente conseguem fazer a cursiva. Muitas vezes acabam só fazendo a bastão mesmo. Mas, seu post me esclareceu muitas coisas, como os problemas que elas tem na alfabetização (acabam conseguindo reproduzir todas as letras mas não fazem junções silábicas e, portanto, dificilmente chegam a construir palavras e, quando chegam, demoram muuuito a ultrapassar a produção de textos e afins. Enfim, é isso. Te agradeço por nos dar essa oportunidade de aprender com seus estudos, visto que nosso dia a dia é corrido para conseguir continuar estudando mais e mais. Estarei sempre aqui. Beijos!

    1. Olá, Andressa!

      Tenho insistido bastante no blog antigo para que as pessoas migrem para o novo e fico contente que o tenha feito! Ele está mais fácil de interagir e traz matérias bem legais que o outro não tem!
      Quanto à letra cursiva, para quem sabe os benefícios reais, comprovados, que ela oferece, vê na letra bastão, com o tempo, um prejuízo muito considerável à educação de qualidade. Além de estudar, nunca deixei de usar e também nunca deixei de notar a diferença que ela provoca nos alunos que têm o contato e os que não têm. Sempre foi muito nítido na escola em que trabalhei.
      A princípio ela parece uma mera “produção artística”, como já ouvi muitos comentarem, mas se estudada a fundo, percebe-se, inclusive usando na prática, que ela é bem mais que isso e seus efeitos duram por anos na vida escolar do aluno. Os efeitos da falta de uso dela são demonstrados diariamente em reportagens da TV e notícias e também em nosso cotidiano, nas dificuldades que o aluno brasileiro encontra para interpretar ou mesmo ler.
      Desejo-lhe sucesso com sua turminha!

      Até mais,
      Janaina Spolidorio

  2. Concordo em todos os sentidos com o texto. Inclusive, a alfabetização do meu filho foi com a uso da letra de imprensa e da letra cursiva simultaneamente. Não vi nenhuma confusão na cabecinha dele e ele já conseguia ler no início do 2º semestre.

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