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MELHORES PROFESSORES não ensinam… saiba o que fazem!

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                           Talvez o título seja um pouco estranho ou até chocante para você. Como assim um bom professor não ensina?

                            Note que ensinar é uma via única! Todos os professores ensinam, mas nem todos conseguem enxergar além desse ato. Ensinar é até fácil, pois supõe passar conhecimento para outra pessoa, mas isso não quer dizer que a outra pessoa irá APRENDER com o que foi ensinado. É aí que está meu “gancho”!

                           Pense nos professores memoráveis que você teve. Lembre-se o que fizeram para que você os considerasse excelentes professores!

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                            Eu, por exemplo, nunca me esquecerei de minha professora de Física e Química do oitavo ano, a Lis. Na época, não era comum aprender essas matérias no oitavo ano e ela conseguiu inserir no currículo de Ciências. Ela explicava tudo claramente e isso fez a diferença nos meus anos de Ensino Médio.

                            O que ela fazia de diferente? Primeiramente, ela acreditava no potencial da turma e deixava isso claro. Ela nos fazia confiar em nós mesmos e nunca dava respostas prontas. Ela dava dicas de como resolver, mas a resolução ficava por nossa conta. O ponto mais importante, talvez, fosse não nos subestimar. Ela sabia – e também acreditava – que podíamos dar conta do conteúdo.

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                             No quarto ano do Fundamental, tive uma professora também memorável. Aprendi muito com ela, mas o que mais me lembro é do modo como ela falava conosco.

                             Ela se preocupava e a preocupação dela conseguia atingir algo importante no processo de aprendizagem: a emoção. Ela criava com os alunos um vínculo afetivo único, que realmente dava certo.

                             Lembro-me que ela era considerada a “professora brava” da escola, mas quem tinha aula com ela sabia que realmente ela era brava, mas também tinha o poder de envolver e esse envolvimento estimulava a aprendizagem de forma única.

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                              Alfredo. Não é um nome tão comum atualmente, mas quando o vejo, me lembro de meu professor de Linguística da faculdade. Na verdade, não conseguimos descobrir o primeiro nome dele por um bom tempo. Quando um aluno perguntou, ao final da aula, qual era seu nome, o simpático professor de Linguística deu um sorriso, olhou para todos e disse que certas palavras não eram bonitas nem em uma aula de Linguística. Nem é preciso dizer que não sossegamos enquanto não descobrimos seu nome. Alfredo.

                               Linguística não é uma matéria muito fácil e o professor que tive conseguia dificultar ainda mais, por meio de “charadas” o conteúdo.

                               Ele não fazia isso por mal! Na verdade, ele era um gênio no que diz respeito à didática, pois se assegurava de que realmente aprendêssemos o conteúdo. Ele nunca dava a resposta ( como Lis ), mas usava estratégias diferentes para aprendermos.

                               A primeira nota mais baixa que tive em minha vida inteira de escola – e talvez a mais baixa de todas – foi com ele… 4,7. Era preciso 7,0 para não ficar de recuperação. Minha sorte era que ele realmente se importava.

                              Me lembro claramente das conversas que ele tinha comigo – e com outros também. Minha segunda nota: 9,0. Nem é preciso dizer que 9,0 com ele era uma grande vitória e ainda sinto, até hoje, o sentimento de ver minha nota e a mensagem: “Use este tema em seu mestrado! Será brilhante!”

                              O tema? Desenvolvi um paralelo entre a história da escrita e a aquisição da escrita pela criança, tão detalhado, que foram cinco páginas de avaliação. O mestrado? Embora eu esteja na minha terceira pós, não tenho vontade de fazer. Por quê? Todos com quem converso sobre mestrado contam histórias escabrosas e é preciso conhecer bem quem será seu orientador, pelo que percebo. Não conheço nenhum orientador bem, portanto não pretendo fazer mestrado… por enquanto.

                              Note que desde o primeiro momento, o Professor Alfredo instigou a curiosidade e levou todos ao máximo do que conseguiam com isso. O valor de suas aulas é inestimável para mim, até hoje. Ainda uso, inclusive em lições que elaboro, o que aprendi em suas aulas.

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                               Guarde bem essa palavra: EXPERIÊNCIAS, pois se você notar os relatos que fiz sobre meus professores, vai notar que cada um deles promoveu a aprendizagem por meio das EXPERIÊNCIAS. Eles não me ensinaram, eles me fizeram aprender.

                               Você pode se perguntar se não seria a mesma coisa ensinar e fazer aprender, mas se formos a fundo, não, nem sempre é a mesma coisa. Os outros professores que tive, a quem mal me lembro dos nomes ou até mesmo do rosto, também não me ensinaram? Isso não garantiu que eu aprendesse e me lembrasse.

                               EXPERIÊNCIAS boas  – ou até ruins – é que promovem uma boa memorização e, por conseguinte, a aprendizagem. Fazer seu aluno ter experiências com o conteúdo, revisitá-lo, pesquisá-lo; ou então criar laços afetivos com a turma, causam EXPERIÊNCIAS e são elas que farão o papel que a escola deveria sempre fazer.

                                Acho que ficou bem claro, mas MELHORES PROFESSORES não ensinam, eles o fazem aprender por recursos próprios do professor. Pode ser o carisma, pode ser o estímulo, pode ser a proposta interativa, mas certamente tudo isso leva a esta EXPERIÊNCIA.

                                Espero que tenha gostado do artigo e se inspirado! Gostaria de lhe pedir algo especial hoje!

                               Se puder – e garanto que será de grande valia para todos os que lerem esta postagem – deixe nos comentários um depoimento sobre algum professor que achou memorável e considera que esteja entre sua lista de MELHORES PROFESSORES! Até a próxima!

 


 

2 respostas

  1. Começo pela professora Jaqueline, na alfabetização. Eu não conseguia de maneira alguma fazer a letra ‘x’ cursiva. Lembro-me que por várias vezes pedi para fazer os palitinhos e ela, pacientemente, dizia que eu tinha que aprender e, incansavelmente, ensinava. Com ela aprendi mais do que fazer a letra ‘x’, mas fundamentalmente a ter persistência.
    A segunda da minha lista é a Maria das Graças, na quarta série. Era muito inteligente, séria e objetiva. Tínhamos um respeito extremo. Lembro-me que para estudarmos verbos, ela colocava todos os alunos enfileirados na escada do Colégio. Cada aluno em um degrau. Tínhamos que conjugar oralmente todos os tempos do indicativo. Quem errava ia para o final da fila e continuava estudando até chegar sua vez novamente. Aprendi muito com ela e agradeço imensamente.
    A terceira é a Cecília, a quem chamávamos de Cecilinha- uma pequena grande mulher. Muito discreta. Despertou o meu encanto pela Língua Portuguesa.
    Finalizo a lista com o professor Francisco, de Química, a quem chamávamos de Chicão maluco. Suas aulas eram incríveis! Sempre citava exemplos práticos do dia a dia para entendermos melhor o conteúdo. Riamos muito.

    1. Olá, Deise!

      Muito legal seu comentário! Agradeço imensamente por ter colaborado com o texto! Certamente nos lembramos de alguns professores mais que outros e os consideramos ÓTIMOS porque aprendemos algo valioso com eles e é neles que nos inspiramos para poder passar a experiência de aprendizagem aos demais!

      Até mais,
      Janaina Spolidorio

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