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Meu filho ainda não lê… é normal?

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banner.aindanaole.fwClaro que nos preocupamos com nossos pequenos e professores que lidam com a fase de alfabetização normalmente são questionados sobre a leitura do aluno… ou a escrita, embora a leitura seja mais comum vir na pergunta. Isso ocorre, porque vivemos em um mundo de leitura, tudo se lê!

Quando o construtivismo deu seus primeiros passos no Brasil, os estudos eram voltados para a construção da escrita pela criança… escrita, veja bem… e a leitura? Nesse caso, a preocupação do sistema era AJUSTAR a leitura e não ensiná-la.

Muito se sabe sobre a sondagem de escrita, mas note que não se fala com frequência – ou até nunca – em sondagem de leitura.

Eu costumava dar quando estava em sala de aula. Contando que a leitura e a escrita acontecem de forma diferente e necessitam de diferentes habilidades e competências para se desenvolverem, atividades de leitura sempre foram claramente para mim diferenciadas, já que os objetivos e formas de trabalho eram diferentes.

Certamente desisti de comentar com a coordenação de minha escola sobre a sondagem de leitura, afinal, o importante era saber da sondagem de escrita. Para mim, particularmente, deveriam investigar por que meus alunos interpretavam tão bem e o segredo sempre esteve nas atividades e sondagens de leitura – praticamente inexistente na teoria pedagógica.

Surpreendentemente ao dar uma sondagem de leitura notei que alunos que já liam com certa desenvoltura usavam o dedo com guia para ler, pois segundo o que notei, seus olhos ainda não tinham o movimento de leitura de um leitor, embora já lessem. Alunos com dificuldade tendiam a ler apenas a primeira letra ou sílaba da palavra e adivinhar o restante. São tantas as anotações que fiz, que decidi não colocar todas aqui, uma vez que se tornaria cansativo a você que está lendo, mas posso afirmar que pelo menos vinte pontos de observação de leitura eu consegui desenvolver ao longo dos anos. Devo incluir que são super úteis para o professor e para o aluno, pois trazem autonomia de leitura.

Quanto à “pergunta que não quer calar” – “meu filho ainda não lê… é normal?” – algumas considerações sobre frases épicas relacionadas ao assunto:

 

  1. Cada criança aprende em seu próprio tempo. Mesmo sendo um adulto, você tem um tempo de aprendizagem diferente de outras pessoas. Na criança isso é mais visível e a alfabetização é algo complexo. A criança deverá ter excelentes noções de sons de letras e saber usar um tipo de raciocínio chamado linguístico para conseguir chegar à uma boa leitura e escrita. Sem estímulo tanto da família quanto da escola, bem como esforço da criança, o processo de aprendizagem pode realmente demorar mais do que o habitual.
  2. A culpa é da escola.. A culpa pode ser tanto da escola, quanto da família ou mesmo da criança. Não diria, porém, que seja uma culpa. São muitas as razões pelas quais a criança ainda não lê – ou escreve. Pode ser que não esteja pronta do ponto de vista de maturidade, pode ser que o professor não esteja conseguindo analisar o ponto de dificuldade da criança, pode ser que a escola não dê apoio ao professor, pode ser uma dificuldade até biológica da criança ou mesmo a total falta de estímulo da família. Como vê, realmente depende de fatores.
  3. Meu filho lê, mas não entende. Isso pode acontecer. Ler e interpretar são coisas bem diferentes. Posso tranquilamente ler algo em outro idioma por sinais fonéticos, uma vez que fui treinada a fazê-lo e mesmo assim não entender absolutamente nada do que li. Ler é decodificar. Para ler com interpretação é preciso que as palavras sejam notadas e significados sejam atribuídos. Muitas crianças leem com tanta atenção, que não percebem nem o que disseram. Cabe ao professor e aos pais orientar sobre o que foi lido, para que ela perceba o significado do que leu.

 

Se eu fosse considerar três fatores cruciais para que seu filho ou aluno aprenda realmente a ler e a escrever, seriam o estímulo, a observação do processo e a comunicação.

Estímulo sempre! Estimular a ler placas, dizer o nome de uma letra, mostrar que o aluno consegue é algo primordial para que o processo saia bem.

A observação do professor faz toda uma diferença. É como um médico que analisa os sintomas de um paciente. Na alfabetização, o professor deve observar sempre o aluno e suas respostas aos estímulos dados. Desta forma, poderá conduzir a aprendizagem de uma forma mais tranquila e ter segurança em seu trabalho. Além disso, notar pontos de dificuldade do aluno faz com que você consiga se colocar em seu lugar e levantar hipóteses para solucionar o que está atrapalhando o processo.

Por fim, a comunicação… essa pequena e difícil parte traz problemas até mesmo em grandes corporações. É importante que o pai comunique-se com o professor e demonstre sua preocupação. Alarmar a criança ou comentar perto dela alguma suposição sobre a escola não estar cumprindo seu dever ou ela ainda não estar lendo e a colega estar pode ser péssimo. No primeiro caso, a criança internamente isenta-se de seu papel e perde a credibilidade no professor e na escola. No segundo caso, cria uma baixa autoestima que pode resultar em algum tipo de bloqueio e desta forma realmente será difícil que o aluno progrida. Por esse motivo, a comunicação de seus receios e anseios com a escola e o professor – que é quem diretamente lida com seu filho – pode tranquilizá-lo e lhe dar dicas de como lidar com a criança em casa, dando-lhe apoio.

Há muito ainda o que dizer sobre o tema, devido à sua polêmica, mas paro por aqui e espero ter ajudado de alguma forma tanto professores quanto pais ou outros profissionais da educação.

Até a próxima!

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