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O CASO DO SMARTPHONE EM AULA

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faixa 1 - tataravo

 

 

 

 

Quando eu era adolescente, era comum vermos na rua ou até levar na escola, tipo escondido, um walkman ( ou um cd player portátil ). Para quem não conhece, era uma aparelho com fones de ouvido, que davam a possibilidade de ouvir o rádio ou uma fita k-7 gravada com as músicas que eu mais gostava.

Eu não saía na rua sem ele e até hoje uso a versão mais moderna do walkman: um mini aparelho, que já é de estimação há 5 anos na minha bolsa.

Na escola, eu não podia usar, era expressamente proibido. Certamente que o comportamento do aluno naquela época era bem diferente e eu sempre fiquei bem quietinha, no meu canto, assistindo a aula.

Quando eu estudava em casa, para as provas, ou quando fazia lição, meu bom e velho walkman era meu companheiro. Eu estava sim ouvindo música, mas ela me ajudava a ser totalmente transportada para o universo do que eu estava estudando. Era praticamente um portal para o “reino dos estudos”. Eu sempre imaginei, na época, se não seria mais produtivo se eu pudesse usar o aparelho também na aula, enquanto estava fazendo alguma lição – não durante explicações, claro!

banner 1 - walkman

              Se eu pudesse… eu imaginava que seria melhor, porque assim o menino que estava conversando com o outro, na outra fileira, não iria tirar minha atenção, eu não prestaria atenção aos vários ruídos de aula, o universo ao redor não existiria. Seria eu, transportada para praticamente dentro da minha lição, pelo portal da música.

faixa 2 - inevitabilidade

             Com o tempo, o walkman foi mudando e hoje pode-se acessar música de muitos aparelhos. O aparelho mudou muito, mas seu propósito, nem tanto. A música pode ser acessada, por exemplo, do smartphone.

                 Comecei meu artigo de uma experiência própria e bem real para mim. Real até hoje, por sinal, pois só estudo com meu aparelho, fones de ouvido e tudo mais. Quem não tem esse costume, não consegue entender e nem vou perder tempo tentando convencer, pois inúmeras vezes já expliquei e vi pessoas explicando às outras o motivo de ser melhor estudar com música. Se a pessoa não o tem, não entende mesmo… e tudo bem! Acho que é importante sermos diferentes. Mesmo hoje há aqueles que estudam com música e os que estudam com silêncio total.

Experiências à parte, vamos falar um pouco do fator música para a sala de aula hoje, afinal de contas, muitos professores enfrentam na sala de aula o dilema do smartphone, que aliás, não é algo novo.

Se você considerar que em 1988 eu já usava walkman e queria muito poder usar em aula, o que é praticamente uma confissão sincera, quase 30 anos depois um smartphone estar na mochila de todos – ou quase todos – os alunos, com um montão de músicas, é algo inevitável. Ceder à tentação de usar então… muitos professores que o digam…

faixa 3 - o que fazer

Bem, até o momento usei um pouco de história verídica para falar sobre o assunto, pois sempre me lembro de uma professora de História que dizia que é importante conhecer o passado para entender o presente.

Espero que tenha entendido que, em certo ponto, seria inevitável mesmo que o smartphone – e suas músicas – visitassem a aula. O fato, aliás, não é novo para muitos.

O ano era 2.000 ou 2.001. Eu lecionava inglês na escola particular e minha colega de sala do lado era de Arte. As aulas eram de Fundamental II. O fato interessante é que minha colega explicava a aula, com o total silêncio e atenção dos alunos e depois eles faziam em total silêncio a lição proposta. Mágica? Não, exatamente. Enquanto faziam a lição, fosse mais prática ou teórica, eles eram “fonetransportados” para o meu mágico reino do estudo também. Quem quisesse, usava fones para ouvir música, mas só enquanto faziam a lição. Os poucos que sobravam sem o fone, praticamente não tinham com quem conversar.

O ponto central, no caso, é o fator REGRA. Ela tinha uma regra específica: se prestassem bem atenção na explicação e participassem, demonstrando interesse e que tinham entendido, durante a lição, em si, ficavam livres para usar o fone. Alguns usavam, outros não.

banner 2 - regras (1)

Permitir ou não o uso de smartphone em aula depende de muitos fatores. Um deles é exatamente a regra da escola. Se na sua escola for proibido, é proibido e pronto. Nesse caso, em especial, note que o diretor ou coordenador deve participar ativamente da proibição. O aluno precisa ter consciência que não é uma decisão só do professor.

O professor é quem está com contato direto com o aluno. Não é legal criar “birra”, ainda mais quando sabemos que esta geração com a qual estamos lidando não é nada fácil. Se a posição é a proibição, deve ser de conhecimento da escola toda.

Se a escola não se manifesta, é o pior. Alguns professores vão permitir o uso e outros não e então, note que a situação é trágica.

Há professores que não se sentem bem com o uso dos smartphones em aula, acham que atrapalham. Outros, fazem adaptações. É possível adaptar o uso para a sala de aula, até com vantagens, mas se o professor não se sente bem com ele, sugiro que não ouse fazer o que não quer… seria até prejudicial. Vou ainda tratar de outros aspectos do smartphone no blog, como o famoso WHATSAPP, mas hoje, fiquemos só na música, ok?

Escolhi a música, porque é a mais fácil de adaptação. Sua história com o aluno é antiga e sou prova viva disso. Quanto mais antigo o “recurso”, mais fácil de lidar.

Se sua escola não tem posicionamento ou se ela permite o uso do smartphone e você não se sente à vontade, faça uma pequena experiência com a música. Faça um combinado com o aluno, no qual ele presta atenção na aula, tira as dúvidas todas e depois, durante o tempo em que estiver fazendo a lição proposta, deixe que use o recurso da música, se assim quiser. Veja os resultados e avalie o que achou.

Não posso dizer que seja um total sucesso ou fracasso, porque depende muito de classe para classe. Será verdade, contudo, que você fez uma experiência. Poderá avaliar se prestaram atenção, se ficaram mais calmos, se realmente se dedicaram à tarefa, se vale à pena fazer pequenas concessões.

O mais importante de tudo, quer você já use ou vá fazer sua primeira experiência com o aparelho em aula, de modo permitido, é que deixe claro que há regras e converse bem com os alunos sobre elas. Pense bem antes de falar com eles. Estabeleça limites que permitam que sua aula, além de não perder a qualidade, possa ganhar com os combinados.

Pretendo, ainda na próxima semana, tratar de outro assunto polêmico de uso do celular em aula. As opiniões sobre o uso ou não uso dividem muito os professores e as escolas. O ponto central do texto é realmente a inevitabilidade. Falamos tanto que a escola é distante dos alunos e muitas vezes a deixamos ainda mais distante. O smartphone é realmente um dos pontos de distância.

Muitos adolescentes – e até menores… – dizem que “o smartphone é minha vida”. Imagine o quão artificial deve ser fazer a aula sem ele. Eu, adulta, não me importo de não usar em aula, mas vivi em outra época minha adolescência. Se tivesse vivido hoje, não seria esse mesmo sentimento que eu teria?

São muitas as questões. Se me perguntam diretamente, não digo ser contra ou a favor, porque sempre acho que há muitos fatores para analisar antes de dar uma resposta final, mas sem dúvida, minha primeira pergunta seria: mas você já experimentou fazer algo com o aparelho?

Sem experiência, sem razão. Se não se experimenta, não se pode opinar e experiência é algo pessoal. Ou o professor se sente bem ou não, mas não pode afirmar, sem antes experimentar.

Bem, se você tem contribuições negativas ou positivas sobre o assunto, fique à vontade para deixar nos comentários. Inúmeros professores com dúvidas vão agradecer muito sua contribuição ao artigo, com sua experiência no assunto.

Espero que tenha gostado do post de hoje! Até a próxima!

 

 

 

 

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