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Nossa VALORIZAÇÃO depende de NÓS MESMOS!

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Não sei para você, mas para mim, o dia do professor é um período em que reflito bastante.

Estava pensando no que escrever para esta postagem e, por termos acabado de passar por esse período, acabei optando para falar um pouco sobre a VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES.

Nos 21 anos em que estive dentro de uma sala de aula passei por situações bem diversas. Já tive que incorporar diversos papéis diferentes do de professor, sendo professor. Fui enfermeira quando meu aluno se machucou, fui psicóloga quando a autoestima do aluno ( ou dos pais ) estava baixa, fui fono quanto tive um aluno em fase de alfabetização que não pronunciava nenhuma consoante além do T ( isso mesmo…sapato era tatato e ainda assim consegui alfabetizá-lo no primeiro ano… ), fui – e muito – suporte técnico para quando as máquinas e aparelhos da escola não funcionavam, fui artista para quando precisavam de um painel… fui tudo o que a profissão pudesse requerer de mim.

Muitas outras profissões não se prezam a trabalhos que não fazem parte de sua função, mas nós, professores, sim, nós enfrentamos, com toda a coragem e orgulho, toda e qualquer situação que nos aparece e damos duro para poder fazer bem nosso trabalho.

Para não ficar cansativo, vou dividir o artigo em partes, assim fica tudo bem organizadinho! Do jeito que eu gosto! Além disso, durante os textos, darei alguma sugestões para que nosso trabalho seja mais valorizado. Quem me acompanha sabe que não gosto muito de escrever coisas assim polêmicas, embora tenha muitas para escrever, porque me parece que não causa interesse em você, leitor, mas mesmo assim, como não desisto fácil, espero que você leia até o final!

VALORIZAÇÃO

 

 

 

Fazendo tudo o que fazemos ainda ouvimos das pessoas, muitas vezes, coisas do tipo: “Mas você SÓ DÁ AULA ou faz outra coisa?”

Não é para menos… quantas de nós não buscamos modos de complementar nossa renda. Perdi a conta do número de vezes em que vi revistinhas Avon ou Natura nas mesas das salas dos professores, ou das vezes em que comprei pão de mel ou trufa de alguma professora. Eu mesma já trabalhei com lembrancinhas em E.V.A. e artigos pedagógicos desse material também, quando não trabalhava em dois ( ou três ) períodos. Se eu pedir para levantar a mão quem já tiver passado por uma dessas situações, em uma sala com professores, capaz de 100% de braços aparecerem levantados. E você do computador? Levantou a mão também? rsrsrs… não acho difícil! Mesmo que só tenha pensado nisso, que se estivesse por lá seria uma das mãos levantadas.

Vida de professor não é fácil e só a gente sabe. Bem, esse é o problema! A visão que as pessoas têm da profissão não tem relação com a realidade. Elas não passam horas do final de semana preparando o planejamento ou corrigindo provas ou preenchendo relatórios. Muitas delas fecham o escritório e não levam trabalho para casa. Dizem que fazemos isso e por todo esse trabalho recebemos a tal de “hora-atividade”. Até hoje acho que isso é “balela”, porque minhas horas fora da escola sempre ultrapassavam muito as horas pagas para a tal da hora atividade.

E aí está todo o problema do “Você só faz isso?” Note que é um círculo vicioso e ele mesmo leva a uma parte da desvalorização que sofremos.

Nosso salário é insuficiente e acabamos ou fazendo jornada dupla ou encontrando um jeito de ter renda extra. Por consequência, quem está de fora, tem a impressão de que se trabalha pouco, porque é meio período (grande parte… sei que tem muitos que são integrais ), então se tem a impressão que por trabalharmos meio período não precisamos ter um salário tão alto, porque “trabalhamos menos”. Ao fazermos jornada dupla ou vendermos produtos, reforçamos a impressão  – para quem está de fora – de que não trabalhamos no horário em que não estamos fora da escola, quando na verdade fazemos verdadeiros milagres com nossos horários. Não sei se ficou claro, porque é uma equação um pouco difícil de explicar, uma vez que tenho que mesclar a realidade com o que a sociedade em geral acha que é a realidade, mas seria mais ou menos isso.

As pessoas acham que SÓ FAZEMOS ISSO, porque não aprendemos a divulgar nosso trabalho. Deveríamos mostrar mais as fases de nosso trabalho, o quanto é trabalhoso ser professor. Temos nossas gratificações, claro! Nada mais emocionante do que colher os resultados de nosso trabalho, mas deveríamos documentar mais o que fazemos. Desta forma, o trabalho que fazemos “na calada da noite” …rsrsrs… aquele que ninguém vê e que damos duro para poder terminar, como relatórios, correções e coisa e tal, mostra o quanto trabalhamos muito e merecemos ser melhor recompensados. Eu mesma às vezes tenho vontade de fazer um movimento do “Educação Melhor” nesse sentido… quem sabe mais para a frente…

VALORIZAÇÃO 2

 

 

Geralmente ouvimos a expressão “sensacionalismo barato”, mas no caso da profissão PROFESSOR, acho que o sensacionalismo sai caro… e muito caro mesmo.

Basta ligar a televisão e, se estiver vendo algum programa de notícias, em algum lugar da programação aparece um caso relacionado à educação. Não sei se acontece com você, mas quando acontece comigo, geralmente é o PROBLEMA da educação. O pior não é mostrar casos sensacionalistas onde o professor geralmente é vilão ou culpado de alguma coisa, mas o programa dar opiniões cheias de “sei tudo sobre isso”, de alguém que não tem ideia de como é a sala de aula atualmente. Geralmente se aproveitam da audiência para dizer que o professor deveria ser melhor preparado e que se fizessem tal coisa com a educação, seria ótimo.

No fundo, no fundo, todos sabem que a educação é um assunto delicado e é fato de que está sim cada vez pior, mas devido a um conjunto de fatores e… vamos ser sinceros aqui…grande parte dos fatores se deve às péssimas condições – quase arcaicas – que temos em sala de aula e à falta de incentivo em relação a novas ideias e tecnologias educacionais, além do descaso, em geral, em relação à área da educação. Pouco se faz e muito se fala.

O fato de ser assunto delicado ajuda muito na audiência. Logo que se fala em educação grande parte das pessoas presta atenção. Dá público, entende? A pessoa se envolve porque já passou por uma escola ou familiares frequentam a escola, é parte da vida mesmo, então interessa.

No final de todo o sensacionalismo da matéria, o tal repórter sempre olha com cara de preocupado para a câmera e diz algo do tipo: “precisamos valorizar mais os professores”, isso depois de toda a desvalorização feita na reportagem. O pior de tudo, é que ficam na memória de quem assistiu as opiniões deturpadas da pessoa, que nem vive nossa realidade e ainda fica “dando pitacos” em área profissional alheia.

Não é só na TV que acontece, claro. Há uns três anos, mais ou menos, li uma matéria da Revista Veja sobre a educação, em uma época que alguns professores faziam greve, nem me lembro em qual estado… Fato é que, pasme… a matéria tinha sido escrita por um economista, cujos filhos estudavam em uma escola conceituada em São Paulo. Ele colocava a nossa classe lá embaixo, de várias maneiras, tipo dando lição de moral. Fiquei passada com aquilo….

Na época, escrevi um artigo que até faz parte de uma das Revistas Digitais. Citava esse texto e nos defendia, com unhas e dentes, contra todas as críticas desse “ser”. Ele dizia coisas indicando o quanto era ruim a educação, em vários sentidos. E eu questionava no artigo: Pois bem, se entrarmos em uma sala com um montão de pessoas e perguntarmos quem está descontente com a ECONOMIA do país, certamente grande parte, se não a totalidade, levantariam a mão. Além de estar ruim a economia, pela escola que os filhos estavam, ele deveria ganhar muito melhor do que eu.

Eu não faria isso, claro, porque não sou economista e acho que devemos nos manter dentro do que sabemos. Certamente não estou contente com a economia do país, mas não sei quais são os fatos, aprofundadamente, que levaram nossa economia a tal ruína. A questão toda é que ele dizia que nós pedimos valorização, ajuda, quando na verdade ele se aproveitou de um sensacionalismo para denegrir nossa imagem perante uma sociedade que teria o poder de mudar nossa situação, pois das pessoas que leram o artigo que escrevi, e não foram poucas, somente duas tinham tido acesso à matéria, que tinha saído naquele mês mesmo. Quem lia aquilo eram pessoas de “posse”, empresários, provavelmente, pessoas envolvidas com a política, sei lá… Eu mesma encontrei por acaso, buscando sobre o que falar na edição do mês. Imagine o que o público-alvo da revista deve ter refletido sobre essa matéria, que não tinha um professor idealista ali, defendendo-nos, e sim um homem, de outra área, nos tratando como coitadinhos. Sim, fico possessa toda vez que lembro dele! É impossível não ficar, depois de toda aquela deturpação de fatos que ele escreveu na matéria.

De novo o sensacionalismo, mas o sensacionalismo CARO, porque cada vez que sai na mídia algo assim, em lugar de sermos valorizados, somos desvalorizados, porque a matéria ou reportagem dá a impressão de que não conseguimos dar conta, de que não temos condições totais de estar em uma sala de aula. O professor ou é desatualizado, ou não sabe o que faz, ou qualquer outra tragédia, que pouco a pouco nos deixa com mais papel de incapazes e desse jeito é difícil mesmo sermos valorizados. Como é possível valorizar algo que não tem qualidade?

O que precisamos é reverter o quadro! Veja se alguém chama pessoas que lutam “por uma educação melhor!” para ocupar lugar de destaque na mídia e contar o quanto a educação avançou, o quanto tem qualidade. Chamam os de sempre, claro, teóricos, que dão uma verdadeira aula de como deveria ser, mas não pisam na sala de aula e não sabem o que realmente necessitamos. São sempre os ‘bam-bam-bam’ que aparecem na mídia, nunca os realmente preocupados com a imagem do professor. São sempre os conselheiros e o pior é que muita gente acredita nesse tipo de gente também, e acha lindo aquele discurso emocional e pouco qualitativo que eles possuem. Ganham uma fortuna às custas de telespectadores e leitores, com a exploração de sua imagem, dão palestras caras e sempre posam como “eu sei a solução”, mas nunca estão mostrando essa solução em aula.

Nunca caí nessa e até assisto o mínimo possível TV, porque como você deve ter percebido, fico muito brava com o que fazem, manipulando as pessoas. Quem sabe aos poucos conseguimos levar às notícias pessoas preocupadas, que realmente produzem um bom material, que dão aulas interessantes e fazem a diferença na PRÁTICA! Aí sim nosso trabalho seria valorizado e as pessoas até incentivariam que tivéssemos uma valorização tanto cultural como salarial.

VALORIZAÇAO 3

 

 

Achou o nome estranho, certo? Pensei em outros, mas nenhum fazia o mesmo sentido, porque vou falar exatamente sobre o caso do vale coxinha. Antes de começar, gostaria de deixar claro que, se você concordar com a ideia e não concordar comigo, sem problema, a questão é que ouço muito quando estou fora do universo escolar, também e principalmente, então acho algo preocupante. Não concordo com o conceito, mas não quer dizer que você precisa concordar comigo. O importante é conseguir enxergar sua repercussão em nossa valorização.

Em determinado ano, eu trabalhava em uma escola, de renome, por sinal, aqui em minha cidade. Lecionava para quarto e quinto anos. Certa vez, estávamos várias professoras na sala do professor. Eis que a DONA da escola, em meio a uma conversa sobre temas para um evento de formação que íamos ter na escola, declara toda sorridente: “Evento com professores? É muito fácil, basta distribuir vale coxinha na porta e dar uma palestra de autoajuda que todos ficam felizes!”

Nem precisa dizer que esperei o final do ano e pedi as contas. Não poderia ficar em uma escola com esse tipo de conceito sobre professores. Me senti ofendidíssima, primeiro porque achei um abuso pensar que eu ia ficar super mega ultra agradecida só por um brinde ( o tal do vale coxinha se referia a um brinde ). Na verdade, nem sempre aceito brindes. Se for para não usar, nem pego. Além desse lance do brinde, ainda achei o “ó” ela generalizar os professores dizendo que autoajuda nos satisfaz.

Acabei de dizer na parte anterior que não curto esse povo “bam-bam-bam” que fica na mídia dizendo discursos emotivos sobre a educação e mantenho aqui essa opinião. Sou muitíssimo prática e se você me vir lendo um livro de autoajuda, certamente não estou bem. Sim, já li um ou dois, mas sempre me senti meio tonta lendo eles. Um deles fui obrigada, logo que entrei na prefeitura, a diretora exigiu que lêssemos… era autoajuda para professores e começava assim: “Uma sala é formada por alunos diferentes. Há meninos e há meninas.” Nunca vou me esquecer… ficamos várias reuniões lendo trecho daquele livro, uma tortura ficar ouvindo coisas tão óbvias, quando poderíamos tratar de casos de alunos e aprender muito mais com a prática. Me ensinou que não curto esse tipo de leitura.

Claro! Se você gosta, tem todo o direito de ler e curtir. Devem ter até autores bons, mas dizer no tom que ouvi que professores ficam felizes com autoajuda é dizer que precisamos disso para termos uma alívio em nossos deveres e nunca me senti dessa forma.

O mais triste é que fatalmente algumas pessoas realmente vibram com o ‘vale-coxinha’ e a ‘autoajuda’. Na minha última palestra, por exemplo, fiz o sorteio de um livro e lembrei do vale-coxinha. Pedi que os professores que desejassem participar colocassem o nome em um papel para me entregar. Enquanto recolhia os papéis, ouvi uma dizendo para a outra “bem, de graça até injeção na testa”. Fiquei decepcionada naquele momento, porque era um momento real de vale coxinha. Não interessava a ela o que iria aprender ou o quanto outras pessoas poderiam realmente querer, ela participou apenas porque era o vale coxinha dela na palestra. Triste fato… que leva também à desvalorização de nossa classe.

Ficar feliz com vale coxinha, como se fosse um mérito ou se sentir realizado com uma palestra de autoajuda certamente não traz valorização à profissão. Pode demonstrar que acabamos nos acostumando, de certa forma, a ganhar “mimos” porque nos sentimos bem com eles e também indicar o quanto precisamos de ajuda. Não estou criticando quem goste, como indiquei e falo sempre, cada um sabe bem o que lhe dá prazer e isso está certíssimo. O que é errado é que esse pensamento que estou comentando, do vale coxinha e da palestra de autoajuda se tornem um rótulo para nós, desvalorizando ainda mais nosso trabalho. A dona de escola que me disse isso não foi a única pessoa que se expressou assim. Depois dela, ouvi inúmeras vezes, todas de pessoas que não fazem parte de nossa realidade, em sala de aula, esse mesmo pensamento, de formas diferentes, mas com o mesmíssimo sentido. Sinal que é algo um pouco generalizado já e que luto muito para mudar!

VALORIZAÇAO 4

 

 

Não poderia ser diferente. Veja, ouço muito pessoas dizendo que os “médicos já não são os mesmos”. Não sei se acontece com você. Moro em uma cidade relativamente grande, no ABC paulista. Talvez não tenha chegado este problema a locais menores, como acontece aqui. Ocorre que vamos ao médico e, ou ele não descobre o que você tem ou até diagnostica errado. Já aconteceu com o Artur, acredite! Aconteceu de ter passado uma lagarta nele e ficou bem feia a região. A médica sentenciou que ele tinha Herpes Zoster e medicou. Descobrimos depois que não, que era só a lagarta mesmo e a medicação era outra.

Não foi a primeira vez e não será a última, certamente, mas deixamos muito de confiar totalmente nos médicos por aqui e não somos os únicos. Pergunte se o salário do médico foi desvalorizado… Não rola não, porque ele tem certeza de que merece ganhar bem pelos anos de estudo que teve e que é obrigação receber um mínimo – bem alto, por sinal, por seu trabalho. Em outras palavras, ELE SE VALORIZA.

Toda profissão tem os excelentes, os na média e os péssimos. Infelizmente, parece que no caso da educação querem ressaltar os péssimos exemplos na mídia. A cada 100 reportagens sobre educação devem ter umas 10 ou 15 que nos valorizem e mostrem bons resultados, isso quando não são bons resultados obtidos de pessoas que nem de nossa área são, o que desvaloriza nossa imagem, porque veio gente de fora e fez o BEM para a nossa área, dá a impressão que não damos conta do recado, de novo. Veja se aparecem reportagens de pessoas de fora da área da medicina contribuindo… E não venha dizer que é preciso ter conhecimento específico, porque se você pensar bem, nossa área também precisa de conhecimento específico. O problema é que todos querem dar opinião, achando que podem. Cabe a nós mesmos mostrarmos que não é bem assim. Quando aumentam as reportagens positivas da área da educação, geralmente é porque as salas de Pedagogia estão com poucos futuros professores e precisam de mais pessoas para serem professores. Acredite… é assim mesmo que acontece. Sei bem disso, afinal, tenho formação em Marketing e sei bem como funciona a coisa… não concordo com um montão de coisas que eles fazem para manipular a população.

Para sermos valorizados, é preciso que nos valorizemos e mudemos nossa atitude, de um modo geral. Dar bons exemplos é um bom começo.

Temos toneladas de péssimos exemplos de nossa profissão na internet. Se você compra meu material, por exemplo, sabe bem que tem direitos autorais e é proibida a divulgação dele fora da sala de aula, afinal de contas, é meu trabalho e dependo dele para meu sustento, para sustentar as contas da empresa e também para melhorar ainda mais o trabalho para o benefício de quem o utiliza em sala de aula. Pois bem, tenho uma conta extra mensalmente que é do setor jurídico. Tem muitos blogs na internet e alguns deles teimam em fazer uso de materiais de outras pessoas para conseguir audiência. O que me deixa mais irada, não é nem a pessoa colocar o material ali, porque para isso serve a advogada, que entra em contato para retirar e, se preciso for, processa. O que me deixa mais irada é as pessoas de nossa área curtirem aquilo, alimentarem essa criminalidade dentro de nossa profissão, incentivarem o péssimo exemplo de uso de imagem alheio, sem permissão e ainda prejudicando quem realmente trabalha honestamente. O pior é que ainda dizem-se bonzinhos, pois segundo eles é ‘propaganda para mim’, quando na verdade é para eles, tiram meu público em favor do blog deles, que nem coisas que eles fizeram eles mesmos tem.

Tivemos um caso, há uns quatro ou cinco meses que mostra bem esse tipo de coisa. Era de um professor que fazia MESTRADO em uma Universidade Federal, não me lembro em que localidade. Ele tinha colocado ali um material meu e, mesmo com o aparente conhecimento, por fazer mestrado, fingia não entender o que estávamos explicando  para ele. Afinal de contas, era “normal” pegar coisas de outros lugares e colocar ali. Acontece que nadinha do blog dele era de autoria dele mesmo. Claro que retirou, mas esse deu um trabalhinho para a advogada, já estava na fase da carta extra judicial… Veja que péssimo exemplo de nossa área. Imagine como isso repercute na nossa própria valorização!

Acho ótimo quando as pessoas compartilham coisas legais na internet, desde que sejam feitas por elas mesmas. As pessoas não devem ser valorizadas pelo trabalho dos outros e sim pelo próprio trabalho. Se cuidássemos do que fazemos bem, certamente conseguiríamos alterar o nosso quadro de valorização.

Esse professor mesmo, do mestrado, em lugar de fazer uso de coisas alheias para se vangloriar, porque não utiliza o assunto de seu próprio mestrado para mostrar no seu blog o quanto aquilo pode mudar a educação? Por que não faz vídeos mostrando o quanto é importante aquilo que ele aprendeu? Isso sim seria um bom exemplo para colocar na internet. Vê como é triste as pessoas curtirem alguém por coisas que outra pessoa fez? Estão estimulando que ele continue desta forma e não que comece a dar sua própria contribuição.

Para sermos valorizados, precisamos mais e mais ressaltar nossos próprios pontos positivos e fortes na área. Meu ponto mais forte sempre foi fazer atividades. Desde que me conheço por professora, dentro de sala de aula, minhas atividades são um ponto-chave de meu trabalho e é com isso que contribuo. E se você tem também esse ponto forte, apoio totalmente e até coloco na minha própria loja materiais de alguns professores que realmente possuem esse ponto forte e me procuram para fazer uma parceria. Geralmente, a atividade desses colaboradores passa por uma nova diagramação aqui na empresa e eu mesma reviso e altero o que for necessário, para se tornar realmente um material de qualidade, pois sabemos quantas atividades ‘picaretas’ tem na internet e não quero isso para mim ou para você. Quero a qualidade. No próprio site da loja tenho uma página explicando como você pode vender sua atividade em minha loja e o link é https://janainaspolidorio.com.br/venda-em-nossa-loja/ . Nesse link tem o passo-a-passo de como proceder.

Outras pessoas são fortes em atividades mais corporais, então seria legal divulgar coisas que descobriu ao fazer essas atividades mais recreativas, que podem contribuir para a aprendizagem. Eu não sou uma dessas, mas admiro quem tem essa habilidade com as atividades mais lúdicas. Há os professores que são excelentes em contar histórias, o que também não é meu caso. Até conto, mas não sei fazer aquelas caras e bocas que muitos fazem e parece nos transportar para o universo da história. Admiro quem o faça!

São as coisas que estão dentro de nós que nos tornam especiais, aquelas que temos o dom de fazer bem e de nosso jeito. São essas coisas que nos valorizam na profissão. O professor que tem o dom de ensinar um aluno Down e tem excelentes resultados com suas técnicas. O professor que tem o dom de criar situações envolventes com seus alunos e promove aprendizagem naturalmente. O professor que tem o dom de trazer a música para toda e qualquer atividade e envolver a turma. O professor que tem o dom de contribuir, com um pouquinho de si e mostrar e valorizar o que o outro profissional tem a oferecer.

São as coisas positivas, os avanços, que nos movem para uma valorização. E era a isso que eu queria chegar aqui. Sei que meu discurso foi…”inflamado”… mas não tem como ser diferente. O assunto é polêmico, muito de errado se diz a partir dele, mas uma coisa é certa: a valorização parte de nós mesmos. Somos nós quem mostrados aos outros o quanto merecemos o que conquistarmos.

Espero que tenha gostado do artigo ou que, pelo menos, ele a tenha levado a uma reflexão. Tentei dar exemplos práticos de cada um dos pontos e até acho que consegui. Se tiver algum comentário, fique à vontade para deixá-lo a seguir. Prometo que no próximo artigo volto com dicas bem legais sobre a prática escolar e até, se você tiver alguma ideia bacana para as próximas postagens ou algo que gostaria de ver mais por aqui, deixe nos comentários. Até a próxima!

 

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